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Dor e angústia de uma viúva

Após Justiça mandar soltar acusado de matar repositor por racismo, Luziane Teófilo faz desabafo

Durval Teófilo foi morto por Aurélio Alves Bezerra, quando chegava no condomínio onde ambos moravam
Durval Teófilo foi morto por Aurélio Alves Bezerra, quando chegava no condomínio onde ambos moravam -

Após a Justiça mandar soltar, na última sexta-feira, o sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, acusado de matar a tiros Durval Teófilo Filho, de 38 anos, a viúva do repositor falou da angústia vivida por ela e pela família desde a morte do marido. Luziane Teófilo reforça a acusação que o crime fora motivado por questões diferentes da defendidas pelo autor do crime.

Decisão inesperada

A defesa do militar entrou com pedido de um novo habeas corpus, que foi aceito pelo desembargador Cairo Ítalo França, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Em contato com o MEIA-HORA, Luziane contou que viu com revolta a decisão e que, desde a data do fato, 2 de fevereiro, não teve a paz necessária para viver seu luto.

"Eu, sinceramente, não esperava por essa soltura. Fiquei indignada. Desde o dia 2/2/2022, data do assassinato, eu não tive paz. Eu perdi a minha liberdade. Até hoje, eu não consegui viver o meu luto. Tá muito difícil!", desabafou Luziane Teófilo.

Após o crime, parentes tiveram que se mudar do condomínio. Ainda de acordo com a viúva, ela chegou a receber ameaças "veladas" que teriam partido de vizinhos e conhecidos de Aurélio. Ao menos dois comentários colocaram em dúvida a segurança da viúva e sua filha, fazendo com que preferisse por não ficar mais no local.