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Sem cápsulas de balas

Tiras investigam se matadores do ex-presidente da Vila Isabel limparam local do crime

Enterro do ex-presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilson Moisés, de 61 anos, no cemitério Jardim da Saudade em Sulacap
Enterro do ex-presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilson Moisés, de 61 anos, no cemitério Jardim da Saudade em Sulacap -

Executado domingo na Barra da Tijuca, Wilson Vieira Alves, o Moisés, ex-presidente da Vila Isabel, foi enterrado ontem no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. A esposa, a musa da Portela Shayene Cesário, que estava com ele na hora do crime, disse que ela e a filha de 9 anos, também presente no momento do assassinato, sofreram ameaças recentemente.

"Meu marido era um cara muito tranquilo, não andava nem com segurança, foi pego na covardia. Minha filha tem 9 anos e recebeu mensagem pesada dizendo que iam tirar a vida dela e a minha. Ela ficou muito assustada", contou.

No sepultamento, amigos e familiares cantaram sambas da Vila Isabel. Sob o caixão, uma bandeira do Fluminense, seu time do coração. Personalidades do samba foram à despedida, como Tia Surica, presidente de honra da Portela e Regina Celi, ex-presidente do Acadêmicos do Salgueiro.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se os criminosos que mataram Moisés recolheram as cápsulas da balas no local do crime, já que os peritos não encontraram o material deflagrado. A informação foi obtida e divulgada pelo portal G1.

O ex-presidente da Vila Isabel foi abordado por dois criminosos e alvejado com pelo menos um tiro na nuca, ao sair da loja de conveniências de um posto de combustíveis. A esposa e a filha estava, no carro. Eles iam para um evento na quadra da Portela, em Madureira.

A Polícia Civil aguarda o resultado do exame de necropsia para saber qual arma foi usada e se ele teria sido baleado em outra região do corpo. A DHC não descarta nenhuma linha de investigação. 

Moisés foi preso pela Polícia Federal por corrupção, contrabando e formação de quadrilha enquanto ainda presidia a Vila Isabel. A Operação Alvará combateu a exploração de máquinas caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo. Em 2011, foi condenado a 23 anos de prisão, mas foi solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde impetrou habeas corpus.