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Dona de loja em Copacabana é denunciada por racismo

Li Chen foi presa por ofender e agredir uma cliente em setembro

Dona do estabelecimento foi encaminhada por policiais militares para a 12ª DP (Copacabana)
Dona do estabelecimento foi encaminhada por policiais militares para a 12ª DP (Copacabana) -
Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou a comerciante chinesa Li Chen, de 48 anos, por racismo, injúria racial, dano ao patrimônio privado e vias de fato. Em setembro, ela foi presa por ofender a atendente Laura Brito Viana, 28 anos, com palavras de cunho racista. O caso aconteceu em uma loja de bijuterias que pertence à Li Chen. Após pagar uma fiança de R$ 1,5 mil, a acusada foi liberada.
De acordo com a denúncia, a comerciante chamou Laura de "preta safada", "neguinha" e "macaca". Além disso, o documento também aponta que a denunciada negou atendimento à vítima, dizendo: "não quero ninguém da sua raça em minha loja" e "não quero essas 'neguices' na minha loja".
Relatos de testemunhas apontam que Li Chen achou que a mulher fosse roubar ao algo e a expulsou do local aos gritos, jogando o celular de Laura no chão. 
Em entrevista ao DIA, Laura disse que se sentiu "um lixo" com as ofensas. "O sentimento de passar por isso é inexplicável. Não tem como descrever a dor que eu estou sentindo até agora. O que eu passei foi humilhante. Coisas que nenhum ser humano deveria sentir, eu senti", desabafou.
Defesa de comerciante nega ofensas
Em nota, a advogada da comerciante, Camila Félix afirmou que a prisão foi arbitrária e que solicitará trancamento da ação penal, além de ingressar com ação de falso testemunho e denúncia caluniosa.
Confira a nota na íntegra:
"A denúncia da consumidora destoa dos fatos ocorridos, conforme comprova o vídeo das câmeras de segurança (imagens repassadas ao veículo de comunicação). As supostas ofensas informadas à imprensa e à polícia nunca foram proferidas. Tratam-se de palavras e expressões que a acusada, de nacionalidade chinesa, desconhece. A lojista não fala português e consegue – apenas – realizar comunicações básicas (como cumprimentos e agradecimentos, entender e responder sobre os valores de produtos). A denunciada e o estabelecimento são contrários a qualquer atitude racista, sexista, de xenofobia ou de sinofobia. A defesa também esclarece que a comerciante aproximou da cliente (em 21/9/2022) com objetivo de auxiliá-la nas compras (abordagem padrão na loja), apesar de não ter conhecimento pleno do idioma português. Pontos importantes, que deveriam fazer parte do procedimento policial, não foram realizados: a comerciante sequer foi ouvida pela polícia e foi presa com base – unicamente – no relato da consumidora e de testemunha que não presenciou o ocorrido (câmeras de segurança comprovam a afirmação). A prisão em flagrante ocorreu sem a presença de tradutor juramentado, sem a presença de advogado e o Boletim de Ocorrência foi assinado pela chinesa que não sabe ler português."
Defesa de comerciante nega ofensas
Em nota, a advogada da comerciante, Camila Félix afirmou que a prisão foi arbitrária e que solicitará trancamento da ação penal, além de ingressar com ação de falso testemunho e denúncia caluniosa.
Confira a nota na íntegra:
"A denúncia da consumidora destoa dos fatos ocorridos, conforme comprova o vídeo das câmeras de segurança (imagens repassadas ao veículo de comunicação). As supostas ofensas informadas à imprensa e à polícia nunca foram proferidas. Tratam-se de palavras e expressões que a acusada, de nacionalidade chinesa, desconhece. A lojista não fala português e consegue – apenas – realizar comunicações básicas (como cumprimentos e agradecimentos, entender e responder sobre os valores de produtos). A denunciada e o estabelecimento são contrários a qualquer atitude racista, sexista, de xenofobia ou de sinofobia. A defesa também esclarece que a comerciante aproximou da cliente (em 21/9/2022) com objetivo de auxiliá-la nas compras (abordagem padrão na loja), apesar de não ter conhecimento pleno do idioma português. Pontos importantes, que deveriam fazer parte do procedimento policial, não foram realizados: a comerciante sequer foi ouvida pela polícia e foi presa com base – unicamente – no relato da consumidora e de testemunha que não presenciou o ocorrido (câmeras de segurança comprovam a afirmação). A prisão em flagrante ocorreu sem a presença de tradutor juramentado, sem a presença de advogado e o Boletim de Ocorrência foi assinado pela chinesa que não sabe ler português."