Está chegando o momento de definir quem governará o país pelos próximos quatro anos. De um lado o presidente Jair Bolsonaro (PL), representante da direita, e do outro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de inclinação centro-esquerdista. Recentemente, ambos travaram duelo sobre quem é capaz de derrubar o preço da carne na mesa do brasileiro. O MEIA HORA ouviu especialistas para saber quem vence esse 'rodeio' e vira o rei da picanha. "Se pegar o valor médio do Bolsa Família lá atrás, você comprava 3kg de picanha. No nosso Auxílio Brasil você compra 8kg. Então, desculpa, aqui eu sou o rei da picanha".
A afirmação foi feita por Bolsonaro no último domingo, quando reivindicou a coroa em evento na Igreja Mundial do Poder de Deus, em São Paulo. Em 2003, quando o Bolsa Família foi criado, o valor médio pago às famílias era de R$ 52,70, suficiente na época para 6kg de carne de primeira ou 70 latas de 359ml de Skol. Em 2022, com os R$ 600 do Auxílio Brasil, é possível comprar 13kg de carne de primeira, ao custo médio de R$ 45,88, ou 200 latas da cerveja.
As provocações começaram no fim de agosto, após Lula afirmar à TV Globo que "o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha". No dia seguinte, Bolsonaro respondeu no programa Pânico, da Jovem Pan. "A esquerda vende a ilusão de picanha para todo mundo. E eu digo: não tem filé mignon para todo mundo", desdenhou. Em 13 de outubro, já na campanha do segundo turno, o chefe do executivo voltou ao tema ao destacar que "o preço da carne está caindo".