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PM mata colega por motivo banal

Sargento e cabo brigaram há três anos por causa do cão de um deles, em condomínio

Juliana Silva, esposa do policial morto, se desespera no IML, onde foi liberar o corpo do marido
Juliana Silva, esposa do policial morto, se desespera no IML, onde foi liberar o corpo do marido -

A morte do sargento PM Sandro da Rocha Mariano pelo cabo PM Jonas Barreto Santos pode ter sido motivada por desavença entre eles há três anos. O policial levou um tiro no peito, na noite de terça-feira, num bar no Condomínio Hannibal Porto, em Irajá. A vítima morreu no local e o colega de farda foi preso em flagrante. 

A esposa do sargento, a consultora bancária Juliana Silva, disse que o cachorro da mulher do cabo estava solto no condomínio e avançou sobre ela, que estava com o filho, um bebê de colo. Para evitar um ataque, Sandro teria colocado o pé na frente do animal, momento em que Rafaela, como foi identificada, passou a xingá-lo. Houve uma discussão entre eles e o filho de Jonas o chamou. O PM então esteve no local e também discutiu com o sargento, mas não houve agressão. 

"Passaram-se três anos. Nesse tempo, nós já encontramos com ele na feira, em shopping, na rua, no condomínio, ele jogava bola lá no condomínio toda quinta-feira, o filho deles está sempre lá na quadra do condomínio. Infelizmente, ontem, ele cometeu esse crime. Ele (Jonas) olhava muito, encarando e, por vezes, o Sandro nem olhava. Eu já não estava a fim de fazer confusão, ficava na minha para evitar uma nova desavença. Eu já reparei ele olhando para o Sandro algumas vezes, mas eu nunca podia imaginar que depois de tanto tempo, sem trocar uma palavra, sem direito de defesa, porque o Sandro estava sentado, ele não deixou o Sandro falar um 'ai'. Ele simplesmente falou e atirou", afirmou Juliana.