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Consciência para haver mais ação

Ativistas celebram data com danças e reflexões

O Monumento a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, foi o palco principal, ontem, das celebrações pelo Dia da Consciência Negra. Integrantes de diversos movimentos sociais e culturais se reuniram para exaltar o legado negro com muitas cores, ritmos e sons.

"Nosso país é um país racista. E o povo negro sofre racismo cotidianamente. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado. Então, nós precisamos de igualdade, precisamos lembrar de que nós negros construímos a riqueza desse país. Precisamos deixar de ser tratados como cidadãos de segunda classe", afirmou a historiadora Claudia Vitalino.

A ativista lembrou que, mesmo com a adoção da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e formas correlatas de Intolerância, o Brasil não está cumprindo os seus deveres contra as estruturas racistas.

"Uma é a Convenção 100 (da Organização Internacional do Trabalho), que fala de trabalho igual e salário igual, mas a população negra recebe menos que o homem branco e a mulher branca. Outra é sobre o racismo no ambiente de trabalho, a Convenção 111, que acontece cotidianamente. Precisamos lembrar que nós, pretos e pretas, também somos brasileiros", exemplificou.