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Morre aos 85 anos, Nélida Piñon, primeira mulher presidente da ABL

Causa da morte não foi divulgada

Nélida foi uma das maiores representantes da literatura brasileira
Nélida foi uma das maiores representantes da literatura brasileira -
Rio - A acadêmica e escritora, Nélida Piñon, primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) morreu aos 85 anos, neste sábado (17), em um hospital em Lisboa, Portugal. A causa da morte não foi divulgada. O sepultamento será no mausoléu da entidade e a ABL fará uma Sessão da Saudade no dia 2 de março, no Salão Nobre, em homenagem à autora.
Nélida foi uma das maiores representantes da literatura brasileira. A acadêmica era a quinta ocupante da Cadeira 30, tendo sido eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda. Além disso, foi a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a Academia Brasileira de Letras, no ano do seu I Centenário.
Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, crônicas e infantojuvenis, sua obra já foi traduzida em inúmeros países e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais. Entre eles, destacam-se o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991; e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.
Em nota, o governador Cláudio Castro afirmou que "o Brasil perdeu hoje uma das mais brilhantes escritoras". Castro pontuou que a carioca de Vila Isabel deixou um legado imensurável para a literatura.
"Neste momento de dor, manifesto o meu pesar e solidariedade aos familiares, amigos e fãs de Nélida", finalizou.