'Matheus era meu sol'

Quem esteve também esteve presente no IML foi o ex-soldador Denilson Ferreira Lima, 62 anos, avô de Matheus, responsável pela criação do jovem. O aposentado contou que trabalhou na construção de navios da Petrobras, contribuindo para o progresso do país, e em troca o Estado 'lhe devolveu a morte do neto".

"Matheus era meu sol. Ele nunca teve envolvimento com nada. Ele foi ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) pegar carteira para receber um benefício. A Polícia diz que houve confronto, mas só escutaram os tiros que atiraram a vida do meu neto. Esse tiro atingiu a mim e tirou meu sossego. Meu medo agora é eu ter que enterrar mais um parente, porque, se é suspeito, que atirem na perna, não do umbigo para cima com intenção de matar", disse Denilson, que concluiu: "Meu neto tinha só 23 anos, uma vida pela frente. Deixa mulher e nenhum filho, porque não deram tempo pra que ele pudesse criar uma nova geração".