O governador Cláudio Castro (PL) tomou posse ontem no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa (Alerj). Em discurso, ele afirmou que a prioridade do seu governo será o combate à violência contra a mulher. Thiago Pampolha (União Brasil) foi empossado vice-governador. A solenidade foi conduzida pelo presidente da Alerj André Ceciliano.
"Proteger a mulher em nosso estado é uma missão que assumo como governador do Rio de Janeiro. O combate ao feminicídio, esse crime bárbaro, é uma prioridade absoluta na nossa gestão", disse Castro em seu discurso, acrescentando que criará a Secretaria da Mulher, que atuará de forma transversal com outros órgãos e com as polícias Militar e Civil no combate ao feminicídio.
Ainda sobre segurança, Castro destacou a ampliação do Programa Segurança Presente e o combate às milícias: "Em dois anos, nós prendemos cerca de dois mil milicianos, provocando prejuízo de mais de 2,5 bilhões aos criminosos".
O governador citou o uso de câmeras portáteis na farda de policiais do Bope e da Core, os grupos de elite das polícias Militar e Civil: "Já são mais de 20 mil câmeras operacionais portáteis. Só na PM são mais de 9 mil em operação em todos os batalhões de área. Assim, temos mais transparência e segurança jurídica a ações de patrulhamento e abordagem protegendo os policiais e a sociedade".
Porém, sobre câmeras em fardas de agentes das unidades de elite, Castro disse ser contra. No dia 19, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou que o governo informasse, em cinco dias, o cronograma para instalação. O Estado recorreu.
"Sou radicalmente contra câmeras em batalhões especiais. Quando o criminoso sabe o planejamento da polícia, a vida do policial fica em risco. Ainda não temos maturidade para tratar de sigilo, até informações em segredo de justiça vazam. Vou lutar judicialmente até a última instância contra a instalação de câmeras nessas unidades", disse o governador.