Celebração vira tragédia

Menino de 11 anos morre baleado na varanda de casa no Réveillon

Mãe de Juan Davi, Beatriz de Souza precisou ser amparada durante o enterro do corpo do filho, no Cemitério de Olinda
Mãe de Juan Davi, Beatriz de Souza precisou ser amparada durante o enterro do corpo do filho, no Cemitério de Olinda -

O enterro de Juan Davi de Sousa Farias, de 11 anos, terminou ontem com uma queima de fogos e muita comoção no Cemitério Municipal de Nilópolis, na Baixada Fluminense. O menino foi encontrado pela família caído no chão logo após ser baleado na varanda de casa, em Mesquita, durante a virada do ano, no domingo. 

No velório, o primo Luís Felipe Alves, 29, relatou que a família dançava e brincava antes da tragédia. "A gente não ouviu o disparo, foi como se um vidro tivesse quebrado, a gente até achou que a garrafa de champanhe tinha quebrado e cortado ele, mas quando a gente viu que a garrafa estava inteira e ele no chão ensanguentado, quase sem vida, deduzimos que podia ser um disparo", contou.

"Agora não vai existir mais Natal nem Ano Novo. Ele era o motivo daquilo tudo acontecer", acrescentou.

Juan Davi era filho único. A mãe, Beatriz de Souza Alves, usou uma camisa com a foto do menino no enterro. Muito abalada, ela não falou com os jornalistas. Nas redes sociais um outro primo lamentou a morte. "Primo eu lembro que você estava vivo ontem, comendo, dançando e hoje você não está mais entre nós. Isso me dói muito, sinto a sua falta e não consigo acreditar na sua perda".

A criança ainda foi levada por familiares à UPA de Edson Passos. De acordo com a PM, no momento do disparo que atingiu Juan Davi não havia operação do 20º BPM (Mesquita) na região, e a equipe foi acionada apenas para verificar a entrada de uma vítima de tiro na unidade de saúde.