Vassoura, muleta, guarda-chuva, skate: enganos que viraram tragédias

Erros cometidos em operações policiais, como esse que tirou a vida de Lorde, não são raros no Rio de Janeiro. No dia 22 de março do ano passado, Fábio Tavares da Silva, 42, vigia num posto de saúde, foi baleado numa ação policial na Favela do Guacha, em Belford Roxo. Ele estava com uma vassoura nas mãos, que também teria sido confundida com uma arma, e não resistiu ao ferimento.

Dois dias depois, no Complexo do Alemão, agentes da UPP Nova Brasília/Fazendinha trocaram tiros com traficantes. Um homem com deficiência, que segurava uma muleta, foi ferido na cabeça. O jornal Voz das Comunidades informou na época que PMs confundiram a muleta com um fuzil.

Em setembro de 2021, o garçom Rodrigo Alexandre Serrano, 26, foi morto com três tiros no Chapéu-Mangueira, no Leme. O seu guarda-chuva foi confundido com um fuzil. Em 2015, Thiago Dingo Guimarães, 24, e Jorge Lucas Martins Paes, de 17, morreram após PM confundir o macaco hidráulico que eles carregavam numa moto, na Pavuna. No mesmo ano, um PM feriu rapaz de 16 anos, numa trilha entre as favelas Chácara do Céu e Rocinha, na Zona Sul. O agente confundiu o skate do jovem com arma.

Em 2010, no Morro do Andaraí, um PM matou Hélio Ribeiro, de 46. Ele segurava uma furadeira no terraço de casa.