Patrimônio da folia que não sai de moda

Prestes a fazer o seu 103º desfile, Cordão da Bola Preta lança grife de roupas

Os modelos criados pelos artistas visuais Rebecca Moure e Miguel Bandeira exaltam as cores já consagradas e personagens do Carnaval
Os modelos criados pelos artistas visuais Rebecca Moure e Miguel Bandeira exaltam as cores já consagradas e personagens do Carnaval -

Após dois anos sem desfilar, o Cordão da Bola Preta sai às ruas no Carnaval de 2023 com um tapa no visual. Para o 103º desfile, marcado para 18 de fevereiro, o bloco lança uma coleção de roupas com quatro peças. Além da tradicional camiseta de algodão, foliões poderão desfilar com o maiô oficial em preto e branco.

"Neste Carnaval da retomada, a gente tinha que vir com outra pegada. A coleção valoriza nosso bloco. As pessoas gostam de colecionar nossas camisas. Agora terão roupas em diferentes tecidos e formatos, com uma arte que retrata fielmente a história do Bola", diz o presidente Pedro Ernesto.

As peças foram criadas pelos artistas visuais Rebecca Moure e Miguel Bandeira, do Photon Duo, e são vendidas pela Dimona, licenciada desde 2009 para vender as roupas oficiais do bloco. Com a coleção, o Bola, fundado em 13 de dezembro de 1918, também espera arrecadar mais recursos.

Para criar as peças, Rebecca e Miguel mergulharam no acervo do Bola Preta. Debruçaram-se sobre fotos e recortes de jornais, onde há presença constante de pierrôs, arlequins e colombinas. Os destaques são o maiô e a camisa de tule. As duas peças foram inspiradas nas fardas de gala antigas da corte.

A outra novidade é a camisa dry fit, mais leve e apropriada para os dias quentes de folia, e que faz um homenagem especial aos músicos. Já a tradicional de algodão traz uma grande bola de prata no peito.