Capa preta não acata pedido de prisão para tira

A Justiça do Rio negou o pedido de prisão de um policial civil acusado de estuprar uma mulher dentro da 12ª DP (Copacabana), quando ela tentava registrar uma ocorrência de violência doméstica cometida pelo ex-companheiro. O agente foi afastado e as investigações estão em andamento.

O pedido de prisão foi feito pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro, que ouviu os envolvidos e testemunhas. O telefone celular do policial foi apreendido e remetido à perícia.

Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio negou as acusações: "O advogado do Sindipol/RJ, Ricardo Monteiro, ressalta que o policial tem 24 anos de carreira, sem quaisquer anotações em sua ficha funcional e que a investigação comprovará que o policial civil não cometeu os atos que lhe são imputados e que tem direito à presunção de inocência, já que nada restou provado em seu desfavor".

Questionado sobre a decisão, o Tribunal de Justiça informou que, como se trata de violência sexual, o processo tramita em segredo de Justiça.

O caso teria ocorrido na madrugada de 4 de fevereiro. A vítima, de 25 anos, foi prestar a queixa e o agente teria ameaçado o ex-companheiro da mulher, condicionando a sua soltura em troca de sexo. Depois de negar, a mulher ainda teria sido chantageada pelo policial, que teria afirmado que ela só deixaria a delegacia após o sexo.