cante o samba:'É onda que vai... É onda que vem... Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra'

Oh! Mãe deste meu espelho d'água / O mar interior Tupinambá / Kirimurê das ondas mansas / Onde aprendi a navegar
No primeiro de novembro / Da real capitania / No olhar dos invasores / A cobiça, a maresia / Nesse eterno dois de julho / Sou caboclo rebelado / Terra que banho de luta / Pau-Brasil, barril dobrado
Ilu Ayê toca o sino da igrejinha / Ilê Ayê atabaques e agogôs / Pra louvar meu Santo Antônio / Pra saudar meu pai Xangô (kaô, meu pai, kaô)
Beira de baía que desagua minha fé / Pode ser na missa, ou no xirê do candomblé / Marinheiro só, Marinheiro só / O leme do meu Saveiro / Quem conduz é o Pai Maior / Bota dendê e um cadinho de pimenta / Que a marujada vem provar o vatapá / É no mercado, na Lapinha ou na Ribeira / Se tem samba e capoeira / Camafeu também está / Odoyá, Mamãe sereia / Orayeyeô, Mamãe do Ouro / No encontro dessas águas, reluziu o meu tesouro / Opaí ó! É carnaval, onde a fantasia é eterna / Com a Tijuca, a paz vence a guerra
E viver será só festejar
Um banho de axé pra purificar / Um banho de axé nas águas de Oxalá / Sou tijucano rompendo quebrantos / Eu canto a Baía de Todos os Santos