Alexander da Silva, de 49 anos, preso ontem pelo assassinato da mulher e dos dois filhos num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, dopou as vítimas com uma substância que dá sono antes do crime bárbaro, diz a polícia.
Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos; seu filho, Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, 11 meses; e sua enteada, Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, 12, foram encontrados mortos no apartamento. A mãe levou um tiro na cabeça, Maria Eduarda levou três, também na cabeça, e o bebê foi estrangulado no berço.
O delegado Wilson Palermo disse que Alexander teria usado melatonina e esperado os três dormirem para agir. "A perícia identificou essa substância. Não temos dúvida de que realmente foi ele o autor do crime, até por conta do depoimento de testemunhas", contou.
Após os homicídios, ele trancou o apartamento e saiu, mas voltou de manhã, quando foi imobilizado por vizinhos, que chamaram a PM. O delegado disse que ele não demonstrou arrependimento: "Está frio, calmo". Apesar das provas, Alexander negou o crime.
O crime, cujo motivo não foi divulgado, ocorreu no Condomínio Nova Barra, na Av. das Américas. Alexander é motorista de aplicativo e já era réu pela morte da ex-noiva, Tatiana Rosa de França, 27, esfaqueada em 2009. Ele não aceitava o fim do noivado. O julgamento desse caso deve acontecer nos próximos dias.