Banda de Ipanema celebra profissionais da saúde em seu 57º desfile

Bloco, que é Patrimônio Cultural Carioca, não realizava cortejo desde 2020

Banda de Ipanema homenageia profissionais de saúde em seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro
Banda de Ipanema homenageia profissionais de saúde em seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro -
Rio – A tradicional Banda de Ipanema, Patrimônio Cultural Carioca e tombado como primeiro bem imaterial da cidade do Rio e que coloca o bloco na rua desde 1965, voltou a desfilar neste sábado de carnaval (18) depois de dois anos. E em seu retorno triunfante às ruas, uma homenagem mais do que merecida. Aos profissionais da saúde que combateram a pandemia da Covid-19.
Em um carro aberto estavam Margareth Dalcomo, pneumologista e membro da Academia Nacional de Medicina, Roberto Medronho, médico epidemiologista, e Mônica Armada, presidente do sindicato dos enfermeiros do Rio, figuras importantes no combate à covid.
"É como se eu estivesse fazendo um teste para alguma coisa (...) Isso é o Rio de Janeiro, é o que o Rio de Janeiro merece, é o que a nossa gente merece", disse Dalcomo, que ainda fez questão de frisar o início do calendário de vacinação contra a Covid deste ano: "Do dia 27 (de fevereiro) em diante vamos imunizar com a vacina bivalente".
"Nós vencemos, a ciência venceu, a vacina venceu e nós hoje vamos celebrar, com todo amor que nós temos", completou Medronho.

Galeria de Fotos

Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Banda de Ipanema faz seu 57º desfile no Carnaval do Rio de Janeiro Jorge William / Riotur
Em 2022, mesmo com a volta do desfile das escolas de samba, programado excepcionalmente para abril, a Banda de Ipanema se recusou a ir às ruas por entender que a população ainda corria riscos e que a pandemia ainda não estava controlada.
Margareth Dalcomo, membro da Academia Nacional de Medicina, Roberto Medronho, médico epidemiologista, e Mônica Armada, presidente do sindicato dos enfermeiros do Rio, figuras importantes no combate à covid-19, estavam entre os convidados e participaram do bloco em cima de um carro elétrico.
Desfile do Bola Preta reúne multidão no Centro

O Cordão da Bola Preta também desfilou neste sábado (18), mas no Centro do Rio, e fez seu 103º desfile. Considerado o mais tradicional da cidade, o bloco, que ficou sem ir às ruas em 2021 e 2022 por conta da pandemia, apostou na força de marchinhas e sambas antológicos para embalar os foliões. De acordo com os organizadores, o desfile, que começou às 8h e terminou por volta das 13h, reuniu mais de 1 milhão de pessoas na Rua Primeiro de Março e na Avenida Antônio Carlos.
Nas ruas de acesso ao local do desfile, policiais militares montaram pontos de bloqueio para controle e revista dos foliões, que formaram longas filas para passar pelos agentes.

O desfile começou com uma homenagem às vítimas de covid-19 e um discurso do presidente do Bola, Pedro Ernesto Marinho. No carro de som, a Corte Real, formada por celebridades e personalidades do Carnaval, levou o público ao delírio. Entre os destaques estavam a atriz Emanuelle Araújo, Musa; a Embaixatriz, a cantora Maria Rita; Madrinha, e atriz Leandra Leal, Porta-Estandarte.
A lista de famosos contou ainda com a atriz Paola Oliveira, Rainha; e Mirian Duarte, Musa do Centenário. Completam a Corte as Musas Adeline Gervágio, Taissa Marins, Cassia Silvia e Elaine BR.

O maestro da banda do Bola Preta, Altamiro Benedito Gonçalves, de 85 anos, que participa dos desfiles desde 1990 tocando trompete, falou sobre a emoção de poder voltar a desfilar. "Quando me trouxeram pra cá, me falavam: 'Olha, você tem que lá em cima pra ver como é isso'. Quando eu vi aquelas 2,4 milhões de pessoas (em 2013) lá de cima, aí já viu…", emocionou-se.

Veja como foi o desfile