Sustentabilidade EM FOCO

Governo do Rio de Janeiro concilia responsabilidade ambiental com desenvolvimento econômico para se tornar a capital verde da América Latina

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Uma das apostas do Governo do Rio de Janeiro é o setor de energia renovável. Responsável por 83% da produção nacional de petróleo e 68% de gás natural, o estado elaborou mapas sobre o potencial de geração de energia limpa para atração e implantação de projetos. A ideia é tornar o Rio de Janeiro um grande polo gerador de energia, referência na transição do Brasil para uma matriz mais limpa. Atualmente, o estado é o único do país com produção de energia nuclear, ocupa a 9ª posição no ranking nacional de geração solar fotovoltaica e possui grande potencial para produzir hidrogênio azul, a partir do gás natural, e hidrogênio verde, a partir de fontes renováveis.

Essas e outras potencialidades serão debatidas em um dos painéis do "Desenvolve RJ". "Melhoramos o ambiente de negócios e estamos trabalhando por um estado verde, que promove o crescimento socioeconômico baseado na sustentabilidade. O orçamento deste ano, por exemplo, está todo ligado aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas)", explica o governador Cláudio Castro, destacando que a concessão dos serviços de saneamento tem sido fundamental.

Parte da arrecadação das outorgas nos leilões permitiu, por exemplo, a criação do "Pacto RJ", que destina R$ 17 bilhões para projetos como novas moradias, modernização de escolas, construção de hospitais e obras de mobilidade. "Fizemos a maior concessão da história do Brasil. Inauguramos um novo tempo no Estado do Rio: o do desenvolvimento sustentável. Esse é o maior projeto ambiental da América Latina. Lançamos também os projetos Limpa Rio e Florestas do Amanhã", diz Castro.

Inserido em um dos mais ricos e diversos biomas do planeta, a Mata Atlântica, o estado do Rio de Janeiro tem 31% de sua área coberta por florestas naturais, o que motiva o governo estadual a investir em ações que conciliam práticas sustentáveis e desenvolvimento econômico.

"Temos buscado investimentos na chamada economia verde e buscado dialogar com investidores preocupados com o tema", destaca Thiago Pampolha, vice-governador e secretário de Ambiente e Sustentabilidade, que completa: "A meta é tornar o Rio a capital verde da América Latina. Já garantimos recursos do orçamento para as metas estabelecidas pela ONU e que fazem parte da agenda mundial para criação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030".

Responsável pelo processo de licenciamento ambiental no estado do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vem modernizando sua atuação, com destaque para a criação do novo Selca (Sistema Estadual de Licenciamento e demais Procedimentos de Controle Ambiental).

"A ideia é que o Selca destrave investimentos de forma sustentável. A agilidade do sistema permite maior controle do governo em relação à preservação ambiental. Além disso, garante o desenvolvimento econômico, atraindo mais empresas. São dois ganhos fundamentais para o estado. Nossa ideia é facilitar a operação de empresas, mas exigindo que todas as regras ambientais sejam cumpridas", afirma Philipe Campello, presidente do Instituto.