Mar de possibilidades

Economia do Mar foi um dos principais assuntos do seminário

Odesenvolvimento socioeconômico baseado na sustentabilidade está no centro da discussão para os próximos avanços do Estado do Rio de Janeiro. Além da Secretaria de Meio Ambiente, comandada pelo vice-governador Thiago Pampolha, as demais pastas também estão conectadas ao compromisso ambiental.

Secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal destacou a importância da nova pasta. "A economia do mar, que abarca desde a atividade da pesca à indústria do petróleo, incluindo turismo, defesa e segurança, é estratégica para o estado. É importante a expansão da distribuição do gás natural do Rio, com novos gasodutos", disse o Hugo, que também citou a revitalização da indústria naval como uma das prioridades.

A Economia do Mar foi tema do 2º painel, que reuniu Fernanda Delgado, diretora executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); André Sochaczewski, assessor do Cluster Tecnológico Naval do Estado do Rio; Edésio Teixeira Lima Jr., presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON); e Marcos Bastos, coordenador de Oceanografia da UERJ. "A expectativa é pelo aumento das exportações, o que significa arrecadação maior da balança comercial nacional. Em 2022, o Rio recebeu 24 bilhões de royalties e participações especiais. Estamos falando de um setor que representa 15% do PIB industrial e que tem a expectativa de criação de mais de 400 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos", disse Fernanda.

Edésio ressaltou que o mar é a última fronteira de desenvolvimento humano neste planeta. "Todas as riquezas que o mar tem a oferecer devem ser exploradas de maneira sustentável. A OCDE compreende a economia do mar em 19 setores, e todos eles estão presentes no Rio. Essa realidade nos traz a visão da enorme vantagem competitiva do estado", disse o presidente da EMGEPROM.

O investimento em descomissionamento, um dos objetivos da nova Secretaria, foi esclarecido pelo coordenador de Oceanografia da UERJ. "Nada mais é do que a interrupção definitiva das instalações. O desmonte das cerca de 60 plataformas deve gerar R$ 58 bilhões até 2028. Hoje, o valor da venda dos ativos descomissionados está indo para fora do Brasil. Precisamos ocupar esse espaço", pontuou Marcos.