Rio - A casa onde morou o Mané Garrincha, em Pau Grande, Magé, na Baixada, foi colocada à venda na internet por R$ 400 mil, pela atual proprietária, Alexsandra dos Santos, 50 anos, neta do jogador. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (8) pelo bisneto do ídolo do Botafogo, José Mário Netto, de 32 anos.
De acordo com o bisneto, a mãe passa por problemas de saúde e mora sozinha na casa. “A vida tem que seguir, chegou a um ponto em que não é mais viável manter o imóvel”, explicou.
Nas redes sociais, a venda causou polêmica e muitos cobram que a proprietária mantenha o local como um museu ou que ao menos a Prefeitura de Magé compre o imóvel para manter o legado do alvinegro. “A realidade é que ninguém até hoje nunca deu valor. Ninguém nunca se manifestou, nunca quiseram fazer algo. A casa é da minha mãe, ela está doente e mora sozinha, precisa vender. Ela já tentou de tudo há anos junto a empresários, políticos, jogadores e até o próprio Botafogo, porém sem sucesso! Eu tenho 32 anos e nunca houve interesse desde que me conheço por gente, de ninguém, literalmente ninguém faz nada relacionado a ponto turístico ou museu”, relatou Netto.
A casa localizada na esquina da Rua Demócrito Seabra, de fachada amarela e de número 7, atrai turistas e apreciadores do futebol. O anúncio da venda informa que o imóvel possui sala, cozinha, três quartos, sendo uma suíte, garagem e uma loja lateral que recebe os visitantes interessados em conhecer um pouco mais da história do eterno ídolo alvinegro. No espaço há ainda imagens e pequenas lembranças do “Anjo das Pernas Tortas”, além de camisas com o seu rostO.
Em entrevista ao O DIA, José Mário Netto, explicou que a mãe é a única proprietária da casa, e que pretende vender e comprar um imóvel menor para morar.
“A casa está no nome da minha mãe, tem RGI, ela foi comprada da América Fabril pelo meu avô após o falecimento do meu bisavô Garrincha, e como minha mãe é filha única, é a única herdeira. Infelizmente, a Prefeitura de Magé nunca demonstrou interesse em fazer nada relacionado ao nome de Garrincha”, disse.
O imóvel já havia sido posta à venda em 2015, por R$ 700 mil, mas não foi vendido.
Procurada, a Prefeitura de Magé informou que o prefeito autorizou o início das tratativas com o objetivo de buscar uma solução para a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade.
"Vale ressaltar que a casa de Garrincha possui um importante valor simbólico para a cidade e para o futebol brasileiro, uma vez que o jogador é considerado um dos maiores ícones da história do esporte nacional. Dessa forma, a intenção da prefeitura é garantir que a propriedade seja preservada e utilizada de maneira adequada e responsável", disse em nota.
O município destacou ainda que qualquer negociação envolvendo a venda da casa será realizada com total transparência e respeito aos princípios éticos e legais, visando sempre o interesse público e o bem-estar da população mageense.
"A prefeitura de Magé reitera o compromisso com a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade e reafirma que seguirá trabalhando para garantir que as riquezas do município sejam valorizadas e preservadas para as próximas gerações", finalizou em nota.
"Vale ressaltar que a casa de Garrincha possui um importante valor simbólico para a cidade e para o futebol brasileiro, uma vez que o jogador é considerado um dos maiores ícones da história do esporte nacional. Dessa forma, a intenção da prefeitura é garantir que a propriedade seja preservada e utilizada de maneira adequada e responsável", disse em nota.
O município destacou ainda que qualquer negociação envolvendo a venda da casa será realizada com total transparência e respeito aos princípios éticos e legais, visando sempre o interesse público e o bem-estar da população mageense.
"A prefeitura de Magé reitera o compromisso com a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade e reafirma que seguirá trabalhando para garantir que as riquezas do município sejam valorizadas e preservadas para as próximas gerações", finalizou em nota.
Quem foi Garrincha
Garrincha marcou seu nome na história do futebol com suas pernas tortas, seus dribles rápidos e desconcertantes. Foi bicampeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo da Suécia em 1958 e na Copa do Mundo no Chile em 1962. Ele faleceu no Rio de Janeiro, vítima de cirrose hepática, em decorrência do alcoolismo, no dia 20 de janeiro de 1983.

