Rio - A UFRJ realizou uma reunião com a Polícia Militar nesta terça (13) para tratar sobre o reforço nas medidas de segurança após episódios de violência no campus da Cidade Universitária, na Zona Norte. De acordo com alunos da universidade, a sensação de insegurança é um problema recorrente. Na última sexta-feira (10), por exemplo, o estudante Lucas Vieira Manhães, 23 anos, foi agredido no campus após ser abordado por um suspeito que pedia por dinheiro.
De acordo com Lucas, que é aluno de Engenharia de Produção, ele foi surpreendido por um usuário de drogas, na parte da tarde, e após ser coagido deu R$ 50 para o homem, que não satisfeito com o valor iniciou as agressões. O universitário chegou a desmaiar e apenas ao acordar foi sozinho ao ambulatório da faculdade e em seguida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
“A abordagem no dia foi que ele (o suspeito) chegou de forma agressiva falando: ‘Quero dinheiro, quero dinheiro’, eu ofereci, mas só tinha R$ 50 reais, e mesmo assim não foi suficiente. Ele queria mais, só que eu não tinha, então ele começou a me agredir, até tentei me defender, mas não consegui”, contou.
Pelas imagens tiradas após a agressão, Lucas aparece com olho roxo e diversos hematomas pelo rosto. O estudante relatou ainda que pretende voltar para a faculdade no início das aulas, em abril, e que no momento está em casa de repouso e se recuperando.
De acordo com Lucas, que é aluno de Engenharia de Produção, ele foi surpreendido por um usuário de drogas, na parte da tarde, e após ser coagido deu R$ 50 para o homem, que não satisfeito com o valor iniciou as agressões. O universitário chegou a desmaiar e apenas ao acordar foi sozinho ao ambulatório da faculdade e em seguida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
“A abordagem no dia foi que ele (o suspeito) chegou de forma agressiva falando: ‘Quero dinheiro, quero dinheiro’, eu ofereci, mas só tinha R$ 50 reais, e mesmo assim não foi suficiente. Ele queria mais, só que eu não tinha, então ele começou a me agredir, até tentei me defender, mas não consegui”, contou.
Pelas imagens tiradas após a agressão, Lucas aparece com olho roxo e diversos hematomas pelo rosto. O estudante relatou ainda que pretende voltar para a faculdade no início das aulas, em abril, e que no momento está em casa de repouso e se recuperando.
Lucas disse também está recebendo apoio da coordenadoria da assistência social do seu curso.
Um amigo do estudante, Lucas Franco, 24 anos, que também estuda Engenharia de Produção na UFRJ, contou sobre a sensação de insegurança que os membros da universidade enfrentam diariamente.
“No início deste mês de março, eu fui à vila universitária visitar uma amiga, mas o ônibus interno, que faz o percurso dentro do campus, demorou a passar cerca de 45 minutos. Nesse intervalo de tempo, eu fui abordado por dois homens pedindo dinheiro, me coagindo e me ameaçando. Eles estavam visivelmente drogados. Eu me afastei por medo, mas em menos de 5 minutos, veio um de cada vez até mim novamente. Eles andam no campus livremente”, contou.
O universitário relatou ainda que no mesmo dia, depois de pegar o ônibus, próximo ao Hospital Universitário, dois homens entraram no coletivo e furtaram duas meninas que estavam perto da porta. Logo em seguida, eles saíram correndo em sentido a estação de BRT.
“Ao acionar a segurança do campus, eles informaram que são seguranças patrimoniais e não podiam abordar os homens que fizeram isso. Ou seja, foram duas situações em um mesmo dia, com agentes distintos. Então um total de 4 pessoas, que a princípio não tem vínculo com a universidade e entram no campus livremente para furtar, coagir e agredir, como foi o caso aí do Lucas”, lamentou.
Ainda segundo o estudante, a insegurança é tão grande que funcionários do departamento de engenharia industrial adotaram o regime híbrido.
“O centro de tecnologia, prédio onde ficam os cursos de engenharia, está completamente largado no quesito segurança. Ou seja, os funcionários estão indo menos vezes, porque assim diminui as chances de ocorrer uma fatalidade. Isso porque as aulas dos estudantes em geral não voltaram, retornam só em abril. Mas lá tem pesquisa acontecendo, hospital, servidores, estudantes que moram na república estudantil, vila residencial, e no fim das contas mesmo com as aulas voltando para todos os cursos há insegurança, principalmente no turno da noite”, relatou.
O que diz a UFRJ
Em nota, a UFRJ informou que se solidariza com o estudante Lucas Vieira Manhães da Silva e que o prefeito da Cidade Universitária, Marcos Maldonado, entrou em contato com o discente para prestar solidariedade à vítima.
“A Prefeitura Universitária (PU) apura o caso de perto para que outros casos como esse não voltem a se repetir na maior universidade federal do país. A UFRJ reafirma seu compromisso de zelar pela segurança da comunidade acadêmica, porque entende que seu capital humano é seu principal patrimônio”, disse em nota.
A universidade destacou ainda que a Cidade Universitária é monitorada por câmeras 24 horas por dia e está à disposição das autoridades policiais para análise aprofundada dos materiais. “Enfatizamos, ainda, que a PU emprega esforços por meio da Divisão de Segurança (Diseg), além de motopatrulhamento, e agentes do programa Rio+Seguro Fundão, sem contar o apoio da 37ª DP e o do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM)”, complementou.
O que diz a PM
De acordo com a Polícia Militar, o 17ºBPM (Ilha do Governador) está atuando nas ruas da Ilha do Fundão para prevenir e coibir esses delitos. ”As rondas e abordagens são realizadas no entorno e no interior da Cidade Universitária, que é uma área federal. Além do patrulhamento ostensivo da Polícia Militar, a área também conta com segurança privada patrimonial e equipes do Programa Rio Mais Seguro Fundão.
O batalhão mantém diálogo constante com a universidade, por meio de reuniões com objetivo de aperfeiçoar o trabalho realizado na área”, disse em nota.
A Polícia Militar ressalta ainda que é de suma importância que a população colabore realizando denúncias através do Disque-Denúncia 2253-1177 ou, para casos urgentes, através da nossa Central 190. Os registros em delegacias da Polícia Civil também são essenciais, pois colaboram com a revisão do planejamento operacional na área onde a mancha criminal é mais acentuada.
Procurada, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira) e será encaminhado para a 37ª DP (Ilha do Governador), que prosseguirá com as investigações.


