Encontro na Câmara Municipal do Rio debate racismo institucionalizado no sistema de justiça

Evento será mediado pela vereadora Mônica Cunha (Psol)

Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Câmara Municipal do Rio de Janeiro -
Rio - A Câmara Municipal do Rio debaterá, nesta quinta-feira (16), estratégias de enfrentamento ao racismo institucionalizado no sistema de justiça. O encontro será mediado pela vereadora Mônica Cunha (Psol) e faz parte de uma das ações da campanha 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo que vão acontecer em diversos espaços pelo Brasil.
Na semana que completa cinco anos do assassinato da vereadora Marielle Franco, a Câmara Municipal pretende discutir a importância de construir estratégias para combater a invisibilidade de crimes cometidos contra a população negra. Um exemplo citado pelos parlamentares é a morte de Cláudia Ferreira, assassinada por policiais militares há 10 anos.
Outra pauta do evento será a valorização e representatividade dos direitos do povo e da classe trabalhadora. O assunto terá maior foco na situação das domésticas que, após uma década da garantia de seus direitos, ainda enfrentam desafios para ser registradas.
"Esse evento é para lembrar para esta casa que fingir que essas tragédias não aconteceram faz eles também responsáveis. Precisamos lembrar que aqui é a casa do povo e que os interesses dos trabalhadores cariocas precisam ser respeitado", afirmou Mônica Cunha.
A mesa contará com a participação de:
- Vereador Mônica Cunha (Psol)
- Luciene Lacerda, coordenadora da campanha de 21 dias de ativismo contra o racismo
- Lúcia Xavier, cofundadora e coordenadora geral de Criola
- Daniele da Silva, defensora pública do Estado do Rio de Janeiro
- Maria Sylvia, coordenadora de políticas de Promoção de Igualdade de Gênero e Raça do Geledès
- A assistente social Dona Zica
- A professora Janete Ribeiro
Homenagem a mãe da Marielle
A advogada Marinete da Silva, 71 anos, mãe da vereadora Marielle Franco, receberá a medalha Pedro Ernesto da Câmara do Municipal do Rio nesta quinta-feira (16). Ela afirma que sua filha será sempre lembrada pelo seu legado e que, mesmo depois de cinco anos, espera justiça.
“Vamos continuar com muita esperança (...) A gente sabe que, depois de 5 anos, muitas provas foram perdidas. Meia década! E a gente está nas ruas para reivindicar, para saber quem são os mandantes, quem cometeu, quem planejou, quem acobertou", afirmou Marinete. 
Evento: Enfrentamento do racismo institucionalizado no sistema de justiça

Data: 16 de março

Horário: 18h30

Endereço: Plenário da Câmara Municipal - entrada pela Alcindo Guanabara