A venda dos títulos de clubes foi muito difundida nos anos 80 e 90. Por isso, o público alvo de vítimas dos criminosos eram majoritariamente idosos. De acordo com o delegado Ismael Batista, da CORF, os estelionatários usavam informações das vítimas obtidas por um falso site de vendas.
"Eles (os idosos) entravam nesse site, colocavam informações pessoais como número de telefone, número de CPF e através dessas informações os estelionatários entravam em contato com as vítimas e passavam a fornecer informações que não eram verdadeiras".
Durante as investigações, que duraram mais de seis meses, foi constatado que os criminosos enganavam as vítimas com a promessa de altos ganhos com a venda dos títulos. Ainda segundo o delegado, o grupo conta com pelo menos 15 integrantes e fez vítimas em diversos estados do Brasil.
"No DF foram identificadas oito vítimas, desde 2019, cujo prejuízo total supera R$ 2 milhões, inclusive uma tem 90 anos e perdeu mais de R$ 830 mil. Pelo menos 15 pessoas são integrantes desse grupo criminoso e sete empresas estão envolvidas", disse delegado.