Policlínica e UPA são alagadas durante temporal no Rio

Não houve problemas causados pela chuva em outras unidades de saúde da rede municipal, afirmou a Secretaria Municipal de Saúde

Centro Municipal de Saúde Rodolpho Rocco (CMS) em Del Castilho, Zona Norte do Rio
Centro Municipal de Saúde Rodolpho Rocco (CMS) em Del Castilho, Zona Norte do Rio -
Rio - Após o grande volume de chuva que caiu na noite de quinta-feira (30) na cidade do Rio, duas unidades de saúde ficaram alagadas: a Policlínica Rodolpho Rocco, em Del Castilho, e a UPA Rocha Miranda, ambas na Zona Norte da capital. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que as duas funcionaram sem problemas nesta sexta-feira (31).
A Policlínica Rodolpho Rocco, em Del Castilho, sofreu infiltração e alagamento. As equipes de manutenção trabalharam na limpeza da unidade desde o início da manhã desta sexta-feira.

A UPA Rocha Miranda apresentou pontos específicos de infiltração de água no teto durante o temporal. A Secretaria Municipal de Saúde informou que as salas afetadas não são destinadas à internação de pacientes ou atendimentos, e foi feito o remanejamento imediato de todos os materiais que estavam nas áreas atingidas para garantir que não houvesse prejuízo. Todas as medidas necessárias foram tomadas, a unidade foi reorganizada, higienizada e realiza atendimentos normalmente, garante a pasta.

Não houve problemas causados pela chuva da noite desta quinta (30) em outras unidades de saúde da rede municipal.
O Rio estava em estágio de atenção desde 19h45 de quinta-feira, por conta das forte chuvas, e só retornou para normalidade às 4h15 desta sexta-feira. Ontem, o município registrou o maior volume pluviométrico em apenas uma hora desde o início do período chuvoso de 2023. A estação da Tijuca/Muda atingiu 79,2 mm/h às 20h30. Até então, a maior leitura em apenas uma hora havia sido registrada na estação de Bangu (70mm) no dia 11 de março. Um homem ficou desaparecido. O Corpo de Bombeiros atua, nesta sexta-feira (31), para localizar Tancredo Augusto de Oliveira Silva, 38, que foi arrastado pela correnteza para o Rio Joana, no Maracanã, Zona Norte.
Segundo a Defesa Civil, os trabalhos começaram na noite de ontem, com os quartéis de Vila Isabel e Central percorrendo o curso do rio. Hoje, as buscas superficiais pelas galerias pluviais continuam, com o apoio de mergulhadores do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS). Há barcos de alumínio, motos-aquáticas, drones e guarda-vidas na varredura da saída da Baía de Guanabara.
A Zona Norte foi a região mais afetada, principalmente no Grande Méier e na Tijuca, que registraram diversos pontos de alagamento. Até o início da manhã de sexta-feira, equipes da prefeitura ainda atuavam em ocorrências de bolsão d'água no Buraco do Lacerco, no Jacaré; em uma queda de árvore na Rua Charles Gounod, na altura do nº 322, no Jardim America; em uma queda de alvenaria no Rio Joana, no Maracanã; em uma queda de poste na Rua Professor Valadares, na altura no nº 54, no Grajáu; e em um deslizamento de barreira na Rua Alda Melo Dias, no Andaraí.
Além dessas ocorrências, em toda a cidade do Rio, ainda foram registrados 44 bolsões d'água e outras duas quedas de árvore na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no sentido Grajaú, e na Rua Mario Barreto, na Tijuca, que precisaram ser interditadas, bem como a Estrada das Furnas, por volta das 20h. As vias foram liberadas para o tráfego às 23h15. Em 50 comunidades cariocas, 81 sirenes foram acionadas, ente 19h46 e 20h17. Não há registros sobre moradores desalojados ou desabrigados.
Segundo o Alerta Rio, as condições do tempo nesta sexta-feira serão influenciadas por ventos em médios e altos níveis da atmosfera. O céu irá variar entre parcialmente nublado e nublado, com previsão de pancadas de chuva isoladas na tarde e noite, podendo vir acompanhadas de raios. Com ventos fracos a moderados, as temperaturas seguem estáveis, com mínima de 19°C e máxima de 34°C.