A agricultora Hercilia Harumi Iwanaga, moradora de Itaguaí, Região Metropolitana do Rio, é alérgica a determinados compostos, como esterco de vaca e de aves, o que a deixava refém de luvas na hora de fazer o manuseio do plantio. No entanto, ela decidiu trocar o seu insumo de costume pelo composto orgânico feito através do esgoto da Zona Oeste do Rio, que além de melhorar a sua dermatite, também colabora com o meio ambiente.
A concessionária Iguá, que atende os 18 bairros da região da cidade, destina todo o lodo de suas estações de tratamento para compostagem, com cerca de 300 toneladas mensais que viram adubo orgânico. Quem cuida da transformação do resíduo é a empresa Organosolo, que tem como principais clientes agricultores do Rio, Espírito Santo e Minas Gerais.
De acordo com a Iguá, tudo começou em setembro do ano passado, quando a equipe começou a pensar em como ser mais sustentável com os resíduos provenientes do esgoto urbano. "O nosso DNA sempre teve uma busca pela sustentabilidade. Ano passado nos reunimos para pensar nas rotas que vão ajudar o meio ambiente, evitando emissão de CO2 e outros gases que podem contribuir para a poluição da atmosfera", disse Ícaro Maltha, gerente de operações.