'Dayana não se matou', diz primo

Perícia não vê indícios de que bombeira tenha sido morta pelo marido em Bangu

Enterro da subtenente dos Bombeiros Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio
Enterro da subtenente dos Bombeiros Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio -

Familiares, amigos e colegas de trabalho de Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, se despediram da bombeira na tarde de ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste. A subtenente morreu com um tiro no rosto, na madrugada de segunda-feira (8), durante uma discussão com o marido, o cabo da Polícia Militar Luiz Felipe Perozini Cardoso, de 31 anos, na casa do casal em Bangu, Zona Oeste do Rio. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga as circunstâncias da morte.

Durante o velório da bombeira, o primo dela, Alan Tenório, de 42 anos, disse não acreditar na versão que ela tenha atirado contra o próprio rosto. Considerada uma pessoa intensa, alegre e com desejo de viver a vida, Dayana colecionava momentos felizes ao lado dos amigos e família.

"Estamos aguardando as investigações e, no momento, o que a gente tem para dizer é que é impossível Dayana ter atirado contra o próprio rosto, Dayana não se matou", disse Alan.

O primo contou que a morte da prima pegou todos de surpresa, já que ela não estava doente e nem havia sofrido nenhum acidente. "Ela queria mudar de vida, estava com viagens marcadas, ajeitando o apartamento para viver a vida dela, era independente, não dependia de homem nenhum, vida financeira boa...", descreveu.

A família relatou que o casal discutia algumas vezes, mas que eles nunca presenciaram as brigas porque Dayana era discreta com a vida pessoal dela. "Quando ele [Luiz Felipe] participava das reuniões em família, não demonstrava, mas por trás eles brigavam. O cara era ciumento, tinha ciúmes dos amigos, das amigas, mas Dayana nunca expôs a vida dela, procurava resolver no particular", contou Alan.