Presença cada vez maior

Estão vindo por aí novidades no programa Segurança Presente, como a expansão para o interior e a criação de uma corregedoria

Secretário de Estado de Governo do Rio, Bernardo Rossi
Secretário de Estado de Governo do Rio, Bernardo Rossi -

OSegurança Presente ganha hoje uma nova base. Com a inauguração em Mesquita, os municípios da Baixada Fluminense, com exceção de Guapimirim, passam a contar com agentes do programa, que é da Secretaria Estadual de Governo, ou do Bairro Presente, da Polícia Militar. Em entrevista exclusiva ao MEIA HORA, o secretário Bernardo Rossi anuncia outras novidades. A expansão vai subir a Serra e depois chegará à Região dos Lagos, com a expectativa de bases em Petrópolis, Nova Friburgo e Cabo Frio. A criação de uma corregedoria própria também está no planos.

O Segurança Presente começou na Lapa. Expandir está nos planos da Segov?

Temos hoje mais de 50 pedidos para a instalação de novas bases. Para todas são feitos estudos de viabilidade técnica e mapeamento da mancha criminal. Contamos com a parceria da PM. Somos parte integrada do sistema de Segurança Pública. Uma base já está em fase final de implantação, que é a de Mesquita. Vamos lançá-la nesta segunda-feira.

Os municípios apoiam?

É importante destacar a parceria com a Prefeitura de Mesquita, que investiu nas obras estruturais. É uma política bacana de parcerias que nos ajuda a desenvolver o programa mais rapidamente. Estamos planejando bases em Petrópolis, Nova Friburgo, Ilha do Governador e Região dos Lagos. Os estudos estão bem adiantados.

E as câmeras corporais nas fardas dos agentes?

São fundamentais. Servem não só para proteger o bom policial contra mentiras, mas também previne possíveis abusos. Mas irão produzir muito mais: a nossa corregedoria está criando uma metodologia para usar as imagens como apoio na fiscalização. Podemos acompanhar de forma on-line como cada agente nosso está trabalhando. Hoje temos um sistema moderno e avançado que nos permite saber o posicionamento exato de cada agente. É o sistema Hórus, que através de celulares e rádios conecta todos os policiais com o Segurança Presente.

Os dados são analisados em tempo real?

Temos um Núcleo de Inteligência e um centro de monitoramento que atuam exatamente na análise destes dados. E agora vamos aprimorar com a criação de uma corregedoria. Tomei esta medida porque o programa cresceu, se expandiu e precisamos redobrar os cuidados para atender às demandas da população com o mesmo grau de satisfação. E não quero os policiais da corregedoria atuando apenas no pós-caso, esperar acontecer para agir. A ideia é que funcione como uma agência de inteligência, que abasteça de informações o secretário, o superintendente e os coordenadores de base.

Isto significa, então, que a corregedoria vai tentar antever os desvios de conduta?

Não é nosso desejo que este trabalho seja desenvolvido apenas para analisar o desempenho dos agentes, puni-los. Não é isso. Queremos entender o que ocorre nas ruas e nos possibilite encontrar as melhores soluções para o combate à criminalidade. Toda a tecnologia da Segov foi desenvolvida para ajudar os agentes nas ruas. O Sistema Hórus é hoje o maior responsável pelos nossos espetaculares números de prisões e pelo melhor aproveitamento do tempo dos agentes e dos contribuintes.

Então o Hórus é muito mais do que um rastreador?

Sim. Vai muito além. Se conecta a inúmeros bancos de dados. Se o policial suspeita de uma pessoa durante uma abordagem, ele verifica na hora se há pendências judiciais, confere se o carro é roubado. Tem a resposta na hora. Confirmada a suspeita, os dados são armazenados e já aparece no painel que uma pessoa foi detida. O alerta só é desligado quando ele for apresentado em uma delegacia. O mesmo vale para veículos. Isso ajudou tanto os nossos agentes, que, só no ano passado, conseguimos localizar mais de 1.000 foragidos da Justiça. É um recorde no Segurança Presente e um número muito significativo nas forças de segurança.

O programa lançou um aplicativo de comunicação com a população. Como foi isso?

O APP Cidadão Presente é uma ferramenta espetacular que aproxima a população do comando das operações. É necessário estimular os nossos clientes a contribuírem com ideias, dúvidas e necessidades. Este é um dos segredos do sucesso do Segurança Presente. O programa é muito mais do que policiar uma área, um bairro, uma cidade. É se conectar com a população. O trabalho de assistentes sociais nas bases do programa tem resultados magníficos. Nestes 10 anos, atendemos a quase 400 mil pessoas. É mais do que a população inteira de alguns municípios no Rio.

Como é feito o atendimento pelos assistentes sociais?

Cada uma das 37 bases tem um grupo de assistentes sociais que trabalha de acordo com as necessidades da região. No Centro da Cidade do Rio, por exemplo, o público que mais atendemos é a população em vulnerabilidade social. Com a chegada do inverno, fazemos os encaminhamentos para pernoites em abrigos públicos e parceiros da filantropia. Também auxiliamos na emissão de documentos, registros em cartórios e até agendamento médico. Outras bases atendem mais a mulheres vítimas da violência doméstica, crianças e doentes. É uma infinidade de serviços prestados à população e que desejamos ampliar cada vez mais.

Secretário Bernardo Rossi mostra modelo de câmera usado pelos agentes nas ruas
Secretário Bernardo Rossi mostra modelo de câmera usado pelos agentes nas ruas Magno Segllia / Segov