Após caveirão, base da PM sofre ataque

Bolo doido foi no Bateau Mouche, horas depois de blindado ser incendiado

O Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar intensificou, no início da madrugada de ontem, o policiamento na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca. Equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) já haviam reforçado a segurança na região após o ataque a um veículo blindado da PM, no fim da noite de terça-feira, em represália à morte do chefe do tráfico, DVD do Batô. No entanto, ontem o clima voltou a esquentar quando manifestantes atacaram a base policial que fica dentro da favela.

Um vídeo que circulou nas redes sociais, mostrou que a situação seguia tensa no local e mais equipes da PM foram deslocadas para a região. Nas imagens, um grupo de manifestantes, vestindo camisas brancas, aparecem quebrando tijolos na entrada da base de policiamento de área da corporação. Enquanto os materiais de construção eram arremessados, quatro agentes do 18º BPM observavam a ação. Os manifestantes que estavam no local pediam pela saída da equipe na comunidade.

Procurada para comentar sobre esse segundo ataque, a Polícia Militar informou apenas que o policiamento na região está reforçado desde o ataque ao caveirão, que foi destruído ao ser atingido por granadas e coquetéis molotov.

A onda de violência teve início após a morte de DVD, na noite de domingo, em um confronto com PMs na entrada da comunidade. Após o fim dos disparos, militares encontraram o chefe do tráfico ferido. Ele foi levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas morreu.