Rio - O corpo de Lucia Hippolito foi cremado no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio, no início da tarde desta quinta-feira (22). O velório da jornalista, cientista política e historiadora, que morreu nesta quarta (21), aos 72 anos, em decorrência de um câncer, começou às 9h, com a presença de amigos e familiares da ex-âncora da CBN, e foi aberto ao público.
Como uma forma de respeitar um dos últimos desejos da jornalista, as cinzas serão levadas, posteriormente, para a Place de Vosges, uma das mais antigas praças de Paris, na França.
Carreira
Natural de Bauru, em São Paulo, Lucia trabalhou como comentarista e apresentadora da Rádio CBN até 2012. Ela também foi comentarista do "UOL News" e do canal GloboNews. Fez, ainda, história ao participar do quadro "Meninas do Jô", no extinto "Programa do Jô", na Globo, semanalmente, durante cinco anos (2005-2010), ao lado de Lilian Witte Fibe, Cristiana Lôbo e Ana Maria Tahan. O quadro se tornou um estrondoso sucesso. Atuou, também, como consultora do jornal "O Globo" e chefe de gabinete do IBGE.
Graduada em Ciências Sociais e com mestrado em Economia Política, Lucia escreveu três livros: "PSD de Raposas e Reformistas", "Política: quem faz, quem manda, quem obedece" e "Por dentro do governo Lula: anotações num diário de bordo". Ela também foi professora de história no tradicional Colégio Andrews, na Zona Sul do Rio.
Há 11 anos, a jornalista precisou se afastar do trabalho após ser diagnosticada, durante uma viagem pela França, com a Síndrome de Guillain-Barré, um distúrbio autoimune, quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do sistema nervoso. Após um longo período de tratamento, passou a se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas.
Em entrevista a Jô Soares, em 2014, ela falou sobre a doença. "Eu perdi os movimentos das pernas, dos braços e a voz. O meu rosto parecia que tinha tomado uma overdose de botox", afirmou, na época.
Lucia, que estava lutando contra um câncer descoberto em 2022, faleceu no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Ela deixa o marido, o professor e educador Edgar Flexa Ribeiro.


