Pedaço de terra cheio de vida

Projeto em UPA usa minhocas africanas e restos de alimentos e cria horta aberta à comunidade

Trabalho é incansável para a diretora Carla Pereira e Gabriel Filipe em meio ao verde produtivo da UPA Pediátrica da Ilha do Governador
Trabalho é incansável para a diretora Carla Pereira e Gabriel Filipe em meio ao verde produtivo da UPA Pediátrica da Ilha do Governador -

Com o auxílio da compostagem feita por minhocas africanas, a UPA Pediátrica da Ilha do Governador, que cuida exclusivamente de pacientes de 0 a 17 anos, cultiva uma horta orgânica comunitária nos fundos do seu terreno. A plantação é aberta para visitação e colheita livre.

A compostagem no jardim é feita com alimentos orgânicos que seriam descartados da cozinha da unidade de saúde. Cascas de ovos, bananas e pó de café viram adubo de alto valor biológico para as plantas.

A pequena usina de compostagem é simples, formada por três baldes de plástico empilhados com tampas e pequenos furos em dois deles. O do meio contém terra, minhocas, material orgânico e matéria seca como folhas, galhos de árvores e arbustos em pequenos pedaços. O chorume gerado na compostagem fica armazenado na vasilha de baixo, sem furo. Como esse líquido não é tóxico, também serve como inseticida natural para ervas, flores e frutos do terreno.

"Esse inseticida natural é extremamente benéfico para o solo. Desta forma, além de garantir a estabilidade ambiental, o adubo e o pesticida contribuem para que o solo continue fértil e produzindo para que a população tenha acesso a essas plantas", explica a idealizadora do projeto, a diretora da UPA Carla Pereira.

Na horta, temperos, algodão, feijão guandu, plantas e ervas medicinais, flores comestíveis e frutos estão sempre à mão e são utilizados como instrumentos para construir um futuro positivo e sustentável.