Polícia Civil mantém suspensão de piloto que se desentendeu com Rodrigo Bacellar

Ricardo Herter foi afastado por 50 dias de suas funções

Policial civil Ricardo Herter é piloto de helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core)
Policial civil Ricardo Herter é piloto de helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) -
Rio - A Polícia Civil manteve a suspensão do policial Ricardo Herter, piloto de helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), por 50 dias, devido a uma discussão entre ele e o presidente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), o deputado Rodrigo Bacellar (PL), que ocorreu no ano passado.

A decisão, do secretário da Polícia Civil, o delegado Fernando Antônio Paes de Andrade Albuquerque, foi divulgada no Boletim Interno da instituição na última quarta-feira quarta-feira (12).

Ricardo havia recorrido da suspensão determinada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil em junho.

Antes de ser suspenso, o policial foi colocado em um departamento burocrático da polícia. Na época da suspensão, a Civil informou que “uma Sindicância Administrativa Disciplinar (SAD) foi instaurada para apurar atos atribuídos ao servidor e tipificados como transgressões disciplinares, previstos em regulamentos da Sepol. Após tramitação, na forma da lei, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL), aplicou uma sanção de 50 dias de suspensão, que está sendo executada”.

Relembre o caso

O desentendimento ocorreu após um táxi que buscava Bacellar e sua família, em um heliponto na Zona Sul, quase atropelar Herter. O policial não reconheceu o deputado e os dois iniciaram uma discussão.

Na época, o deputado era secretário de Governo e usava um helicóptero que pertencia a Marcos Zoboli, dono da Zocar Rio Caminhões, empresa que já foi investigada por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O veículo onde estava Bacellar ainda transitava em uma área proibida para veículos particulares.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu uma investigação contra Rodrigo Bacellar para apurar improbidade administrativa sete meses após ele ser flagrado viajando em um helicóptero de uma empresa privada, o que é proibido pelo estado, enquanto era secretário de Governo do Rio.