Preso o terceiro envolvido no caso Marielle

Delação dá detalhes da execução e participação de ex-bombeiro no crime de 14 de março de 2018

Suel monitorou passos da vereadora e sumiu com a arma e o veículo
Suel monitorou passos da vereadora e sumiu com a arma e o veículo -

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam ontem o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, o 'Suel', no âmbito das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. O ex-militar, detido em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, já havia sido condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto.

A Operação Élpis é a primeira fase da investigação conduzida pela PF e o MPRJ. Os agentes também cumpriram seis mandados de busca e apreensão na cidade do Rio e Região Metropolitana. Na casa de Suel, foram apreendidas armas, celulares e bens.

Na decisão do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, que determinou a prisão do ex-bombeiro, é citada a sua ligação com Ronnie Lessa. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o desmanche do carro.

Diante das provas, o ex-bombeiro permanece preso. A Justiça do Rio determinou a transferência para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado do Rio. "Segundo o delator, Maxwell também auxiliava na defesa dos acusados, fora outras questões, como o auxílio a se desfazer das armas. Isso demonstra que, em liberdade, ele continuaria a se desfazer de provas", informou o promotor de Justiça Eduardo Martins.