Família de Zico acusa tráfico do chapadão

Traficantes do Gogó da Ema teriam feito baile funk para comemorar assassinato

Amigos e familiares de Zico Bacana estiveram no IML do Centro do Rio para liberação dos corpos do ex-vereador e seu irmão, Jorge Tavares
Amigos e familiares de Zico Bacana estiveram no IML do Centro do Rio para liberação dos corpos do ex-vereador e seu irmão, Jorge Tavares -

Familiares do ex-vereador Jair Tavares Barbosa, o Zico Bacana, morto a tiros na última segunda-feira, em Guadalupe, afirmam que foram traficantes do Complexo do Chapadão os responsáveis pelo ataque a tiros que matou o ex-parlamentar e mais duas pessoas. Responsável pela investigação, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), por enquanto, trabalha somente com a hipótese de execução.

Ontem, no IML, familiares foram fazer a liberação dos corpos de Zico e do irmão, Jorge Tavares, que também morreu no ataque. Uma pessoa da família disse que ele vinha recebendo constantes ameaças de traficantes do Chapadão e que eles seriam os responsáveis.

"Tenho certeza que foi o tráfico de drogas. Eles fizeram baile ontem, tocaram músicas altas, soltaram fogos. Eles comemoraram. Eles são lá de trás, do Gogó, todo mundo sabe, só que tem medo. Agora como vão ficar meus parentes lá? Eu tenho os tios, tenho os primos, primas, está todo mundo com medo, silenciado", afirmou.

O local onde Zico foi morto fica próximo a um dos principais acessos ao Chapadão, região controlada pela maior facção criminosa do Rio. Nos últimos meses, traficantes ampliaram as barricadas construídas na Estrada do Camboatá até as proximidades das Ruas Francisco Portela e Marcos de Macedo, principal polo comercial do bairro de Guadalupe, e onde milicianos costumam oferecer serviços de segurança, além da venda e aluguel de quiosques comerciais.