Trabalhadores terceirizados dos Correios realizam protestos por salários atrasados

De acordo com funcionários, os pagamentos não são realizados de forma correta desde janeiro deste ano

O gesto do trabalhador terceirizado mostra a situação pra quem trabalha nas 'internas' dos Correios
O gesto do trabalhador terceirizado mostra a situação pra quem trabalha nas 'internas' dos Correios -
Rio - Funcionários da empresa GO2B, terceirizada pelos Correios, realizaram, nesta sexta-feira (11), um protesto em frente a uma central de distribuição, em Benfica, Zona Norte do Rio. Os trabalhadores reinvindicam o salário atrasado referente ao mês de julho.

O ato iniciou a partir das 5h, foi realizado de forma pacífica, e contou com apoio de agentes da Polícia Militar. Em entrevista ao O DIA, André Felipe, supervisor da GO2B, disse que a empresa está sem realizar os pagamentos desde a última sexta-feira (11).

"A companhia nos iludiu dizendo que ia pagar no dia 10, mas não aconteceu. Estamos aqui fazendo essa paralisação para reinvidicar o nosso direito", adicionou André.


Ainda segundo o supervisor, esta não é a primeira vez que acontecem atrasos desse tipo. Desde janeiro os valores do vale alimentação e vale transporte não são pagos no dia certo.

"Eles nos pagam de forma incorreta e isso vem gerando desconforto. Somos pais de família, mulheres e homens que trabalham, que saem todos os dias de suas casas, que acordam cedo e arriscam suas vidas para estarem aqui. Existem pessoas que têm filhos pequenos para criar e aluguel para pagar. Só queremos que a empresa faça o mínimo, que é pagar o trabalhador. Só isso", finalizou.

Os Correios comunicaram, em nota, que o pagamento será regularizado ainda nesta sexta-feira (11).

"Esclarecemos que esses funcionários terceirizados prestam serviços internos na unidade e, portanto, todos os serviços de entrega continuam sendo prestados normalmente. Assim que tiveram conhecimento do fato, os Correios iniciaram tratativas com a empresa terceirizada para a regularização", comunicou a insituição.

Procurada pela reportagem, a GO2B não respondeu, até o momento, as tentativas de contato. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
*Reportagem produzida em colaboração com Bruno Kaiuca / Agência O DIA