ONG Rio de Paz faz ato em memória de adolescente morto na CDD

Moradores da comunidade vão carregar 14 caixões simbolizando o número de crianças mortas por balas perdidas em 2023

Ato acontecerá em Copacabana, Zona Sul do Rio
Ato acontecerá em Copacabana, Zona Sul do Rio -
Rio - A ONG Rio de Paz vai realizar, neste sábado (19), um ato em homenagem ao adolescente T.M.F, de 13 anos, morto no fim da noite do dia 8 de agosto durante uma ação da Polícia Militar na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Representantes da organização e moradores da comunidade vão carregar 14 caixões pela orla de Copacabana para simbolizar o número de crianças mortas por balas perdidas em 2023. Uma faixa também será colocada na Lagoa Rodrigues de Freitas, onde há um mural com o nome de jovens e policiais assassinados no Rio.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga pelo menos duas versões diferentes sobre as circunstâncias da morte do adolescente. Segundo a PM, uma equipe estava em patrulhamento na esquina da Rua Miguel Salazar com Rua Geremias quando dois homens em uma moto atiraram contra os militares, iniciando confronto. Já a família de Thiago afirma que ele estava passeando de moto com um amigo pelas ruas da Cidade de Deus, quando a dupla foi abordada a tiros.
Segundo os parentes, os disparos teriam sido feitos por agentes do Batalhão de Polícia Militar do Choque (BPChq), quando o jovem já estava caído no chão. "Uma bala pegou na perna do jovem e ele caiu. [Pelas imagens], dá para vê-lo no chão ainda vivo e o policial vai lá e acaba de executar", disse o tio da vítima, o pintor Hamilton Menezes. A família também acusa a PM de ter cortado imagens de uma câmera de segurança que filmou a ação policial no local onde T. M. F. morreu.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) ouve testemunha e realiza diligências para esclarecer o caso. A especializada também apreendeu as armas usadas pelos policiais e encaminhou para perícia. Já PM abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias da ação e afastou todos os policiais envolvidos na ação.
Hamilton Menezes, tio do adolescente, afirmou que os policiais executaram seu sobrinho
Hamilton Menezes, tio do adolescente, afirmou que os policiais executaram seu sobrinho Pedro Ivo / Agência O Dia
Hamilton Menezes, tio do adolescente, afirmou que os policiais executaram seu sobrinho
Hamilton Menezes, tio do adolescente, afirmou que os policiais executaram seu sobrinho Pedro Ivo / Agência O Dia