Sérgio Cabral não virou samba

União Cruzmaltina desiste de levar história pública do ex-governador para o desfile

A escola de samba União Cruzmaltina não vai mais levar o enredo sobre Sérgio Cabral para o desfile na Intendente Magalhães em 2024. O ex-governador seria homenageado pela agremiação das torcidas vascaínas no próximo Carnaval, com um samba sobre sua gestão, que pretendia citar, entre outros projetos, a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o teleférico do Alemão, a linha 4 do metrô e também as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), durante seu governo. 

A escola justifica que a decisão foi tomada por causa dos "últimos acontecimentos que vêm atingindo profundamente o Club de Regatas Vasco da Gama e toda a nossa torcida", assim substituindo o "emblemático enredo" sobre a trajetória do ex-governador, em sua gestão no Governo do Estado, entre 2007 e 2014, pela história da construção de São Januário, que está proibido de receber torcedores desde 22 de junho. 

Sérgio Cabral comentou a decisão em seu perfil. "O presidente Rodrigo Brandão e a diretoria me fizeram essa homenagem e eu fiquei muito comovido, até porque, logo que foi divulgada a escolha, houve algumas reações e ele se portou muito bem. Uma pessoa que eu não conhecia, que não me deve nada, no momento em que eu estou reconstruindo a minha vida, me escolheu para ser enredo. Aquilo me comoveu muito e eu senti na escola uma grande energia, a energia vascaína. Entretanto, os último acontecimentos exigem que a nação vascaína se una em torno, não da biografia de uma pessoa, de um ídolo, de um político, de um vascaíno ilustre. Esse momento exige que todos nós, vascaínos, façamos homenagens à história do Vasco, à história da criação do Vasco, à história do clube", afirmou.