Jovem foi assassinado na frente do pai

Wesley, de 17 anos, ouviu os tiros, saiu de casa para ver o que era e foi baleado

Bruna estava dormindo quando ouviu os disparos: 'Foi um desespero ver meu filho com três tiros'
Bruna estava dormindo quando ouviu os disparos: 'Foi um desespero ver meu filho com três tiros' -

O adolescente Wesley Barbosa de Carvalho, de 17 anos, morto após ser baleado, no último domingo, na localidade Buraco da Cidade Alta, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio, era considerado pela família um menino carinhoso, amável e tinha o sonho de ser motoboy. O jovem estava dormindo quando ouviu os disparos, saiu de casa para ver o que estava acontecendo e foi atingido. Familiares do jovem estiveram no Instituto Médico Legal (IML), ontem, para realizar a liberação do corpo.

De acordo com o pai do jovem, Bruno de Carvalho do Vale, criminosos entraram na comunidade e passaram atirando. "A gente estava saindo para ir trabalhar e se deparou com um rapaz de moto que passou pela gente. Ele foi e voltou. Nisso, ele falou 'perdeu'. Achei que fosse um assalto. Foi quando ele fez os disparos. Estava eu, meu filho e o outro rapaz que trabalha com a gente. O Wesley acordou com os tiros pensando que eu tinha sido baleado. Quando ele saiu de casa, os bandidos atingiram ele. A gente pode ter sido confundido com bandido, mas a redondeza sabe que somos trabalhadores, ninguém é do mal ali", relatou. 

Wesley foi atingido no tórax, abdômen e na perna direita. Ele chegou a ser socorrido pelos familiares e encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. Quando viu o filho baleado, Bruno afirma que perdeu as forças e precisou de ajuda para socorrê-lo. "Não tinha nem como pegar ele, eu estava fraco. O irmão dele pegou ele, colocou na kombi e fomos pro hospital. Aí a tarde veio a notícia que ele não resistiu", explicou.

Wesley foi baleado no Buraco da Cidade Alta, em Brás de Pina
Wesley foi baleado no Buraco da Cidade Alta, em Brás de Pina Reprodução / Arquivo Pessoal