Tradição que passa de avós para netos

A estudante Maylla Rage de Albuquerque, 26, segue a tradição da avó, que morreu em 2015. "Distribuo (os doces) desde sempre. Quando era mais nova, fazia com a minha avó. E ainda pego doce até hoje, uso as criancinhas de álibi e vou que vou", brinca Maylla.

Ela também diz que a oferta e a procura por doces diminuíram muito ao longo dos anos. "Isso me entristece. Já cheguei a dar 500 saquinhos, agora estou dando 100. Além dos preços terem subido bastante, teve um ano que ficamos caçando crianças na rua, não tinha mais movimento pra receber".

O servidor público Joelson da Costa, de 44, foi ao Mercadão de Madureira com o irmão, ontem, para comprar doces. "É uma tradição de família, meu pai fazia e agora eu e meu irmão estamos fazendo", conta.

A autônoma Thaís Marques, 38, mora na Cidade de Deus e faz da sua casa um ponto de distribuição: "Sou devota. Nas vezes que precisei, eles sempre estiveram do meu lado".