A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) apreendeu celulares de detentos no Presídio Bangu 3, ontem, após a informação de que uma videoconferência da cúpula do Comando Vermelho (CV) teria sido realizada para decretar a morte dos criminosos suspeito da execução dos três médicos na Barra da Tijuca.
Investigações indicam que os bandidos foram julgados pelo tribunal do tráfico do Complexo da Penha e assassinados. Isso porque o CV estaria contrariado com a repercussão da morte de inocentes.
A reunião teria acontecido na noite de quinta, horas depois do assassinato dos médicos Diego Bonfim, 35, Marcos de Andrade Corsato, 62, e Perseu Ribeiro Almeida, 33. Daniel Sonnewend, de 32, sobreviveu e está hospitalizado.
Na mesma noite, quatro corpos foram encontrados dentro de dois carros na Zona Oeste: Philip Motta Pereira, o Lesk, Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, Thiago Lopes Claro da Silva e Pablo Roberto da Silva dos Reis. Lesk, que estava morto num veículo na Gardênia, era miliciano e trocou de lado, passando a integrar o CV, no Complexo da Penha. O ex-miliciano teria sido ainda o responsável por chefiar a invasão de traficantes e tomada do controle da comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá. Já Ryan é apontado como integrante do grupo liderado por Lesk, chamado de Equipe Sombra.
Além dos quatro mortos, a Polícia Civil suspeita do envolvimento de outros dois traficantes na execução dos médicos. São eles: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, ambos foragidos.