Milícia taca fogo em mais de 30 busões

Maior ataque da história do Rio foi resposta à morte de sobrinho do chefão Zinho

Veículos foram destruídos pelo Bonde do Zinho (detalhe) em vários pontos da Zona Oeste
Veículos foram destruídos pelo Bonde do Zinho (detalhe) em vários pontos da Zona Oeste -

O Rio sofreu ontem o maior ataque contra ônibus de sua história. Criminosos atearam fogo em 35 ônibus (20 regulares, cinco BRTs e 10 de turismo e fretamento) e num trem. Segundo a polícia, foi uma retaliação de milicianos após a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do estado. Segundo na hierarquia da quadrilha e considerado o 'Senhor da Guerra' do grupo, Faustão morreu em confronto com policiais civis na Favela Três Pontes, em Santa Cruz.

Com os ataques, a Mobi-Rio suspendeu a circulação de todas as linhas do BRT no corredor Transoeste, impactando milhares de trabalhadores, que tiveram dificuldade na volta para casa. "Em função dessa interrupção, a opção para os passageiros que precisam ir para Santa Cruz ou Campo Grande é utilizar as linhas dos corredores Transolímpica e Transcarioca".

O governador Cláudio Castro disse que 12 criminosos envolvidos no ataque foram presos "por ações terroristas". Ele afirmou que todos serão encaminhados a presídios federais.

 Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, é o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro
Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, é o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro divulgação