Beija-Flor pronta para o espetáculo

Aposta de 2024 é o enredo que fala sobre as nobrezas de Maceió

Beija-Flor resolveu realizar uma mudança de rota no comando da produção visual
Beija-Flor resolveu realizar uma mudança de rota no comando da produção visual -

Após apostar em enredos que se direcionaram para um discurso mais politizado nos últimos anos, a Beija-Flor resolveu realizar uma mudança de rota na temática e também no comando da produção visual. O que se pode ver até aqui do barracão da Deusa da Passarela parece ir ao encontro com o que deseja a comunidade. João Vitor, que em seus trabalhos apresentou um estilo muito similar com as características da Beija-Flor vitoriosa, tem trabalhado incansavelmente para corresponder aos anseios do povo nilopolitano.

"Foi tudo pensado com muito carinho, com muito amor. A comunidade vai gostar muito do que a Beija-Flor vai mostrar na Avenida. Ainda estamos finalizando algumas coisas, dando aquele cuidado, tem muita coisa empoeirada porque já está pronta há muito tempo, estão cobertas, isso faz parte. O barracão está apertado, porque os carros estão ocupando muito espaço", revela um bastante empolgado João Vitor.

A aposta deste ano da Beija-Flor é um enredo que fala sobre as nobrezas de Maceió, de Nilópolis e da Etiópia. Um encontro mágico de personagens reais, mas que nunca se viram, guiados pela luz dos encantados e da ancestralidade, com as cores, os ritmos e os pisados dos folguedos das Alagoas. E nesta história, um personagem se destaca: Rás Gonguila. Nascido em Maceió, no ano de 1905, e chamado Benedito de berço, menino no início do século passado, Rás cresceu ouvindo histórias encantadas de antepassados que eram reis e rainhas em um país africano, a distante Etiópia, e que desfilavam sua realeza lá pelos altos da Serra da Barriga. Entre sua herança africana que ele foi descobrindo ao longo do tempo, juntando com seus devaneios até se tornar o rei do carnaval de Maceió.