Tentativa de intimidação

PMs tentaram inibir irmã de entregador baleado

O cunhado de Nilton Ramon Oliveira, entregador baleado por um policial militar durante uma discussão, pediu ajuda à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para obter uma medida protetiva para a família. Luís Oliveira e dois representantes do movimento de entregadores União Moto e Bike estiveram ontem no gabinete da deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), presidente da Comissão. 

No encontro, Luís afirmou que a irmã da vítima se sentiu coagida por policiais no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, ao ser filmada e fotografada por agentes em serviço. Ainda segundo a mulher, os PMs teriam rido dela durante uma entrevista a uma emissora de televisão. Nilton está internado em estado grave e se recupera de duas cirurgias. Segundo a deputada Dani Monteiro, em ocorrências onde há repercussão da mídia, alguns agentes públicos tendem a inibir as vítimas para que elas não façam denúncias ou busquem instituições que garantam seus direitos.

"Nós, enquanto poder público, podemos e devemos nos posicionar a respeito do que os agentes da segurança têm produzido nesse estado. A família relatou uma dinâmica dessa prática coercitiva ao passo em que a família foi fotografada e filmada por policiais dentro do hospital", disse a deputada.