Um dia após o sumiço dos camelôs na Uruguaiana, no Centro do Rio, a região voltou a ser ocupada pelos comerciantes ontem. O local, conhecido por ter as calçadas cobertas por barracas, estava vazio na última sexta-feira por conta da presença da Guarda Municipal. Além disso, os ambulantes realizaram uma manifestação contra a proibição do comércio irregular na área. O prefeito Eduardo Paes definiu que os ambulantes serão retirados do local no dia 25 de março.
No ato, ambulantes gritavam "Camelô é trabalhador" e frases como "Se a gente não trabalha, o povo também não vai chegar no trabalho".
Segundo Paes, a região é investigada como ponto de venda de mercadorias roubadas, especialmente celulares. A decisão foi realizada em conjunto com o governador Cláudio Castro.
Porém, movimentos ligados a camelôs repudiaram a decisão e afirmaram que a retirada dos ambulantes não resolve a criminalidade. Ao contrário, o Movimento Unido dos Camelôs (Muca-RJ) e o Fórum Popular de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro destacaram que a ação é uma forma de criminalizar e perseguir a classe dos camelôs na cidade.