17 PMs do bicho são presos

Todos são acusados de fazer a segurança do contraventor Rogério Andrade

Agentes fizeram uma operação contra policiais envolvidos com jogo do bicho nesta quarta-feira
Agentes fizeram uma operação contra policiais envolvidos com jogo do bicho nesta quarta-feira -

O Ministério Público do Rio (MPRJ) e as corregedorias da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizam uma operação, ontem, para prender 19 policiais militares, sendo 18 da ativa e um reformado, além de um agente penal. Todos são acusados de integrarem a organização criminosa liderada por Rogério Andrade e por fazer a segurança do contraventor. Até o fechamento desta edição, 17 PMs foram presos, assim como o agente penal.

Além disso, os agentes também cumprem 50 mandados de busca e apreensão. O material apreendido foi encaminhado à sede do Ministério Público, no Centro do Rio.

Ao todo são 20 mandados de prisão, sendo 19 contra policiais da ativa. Além disso, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou à Justiça 31 pessoas pelo crime de organização criminosa.

Os mandados da operação 'Petrorianos' foram obtidos junto à 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e estão sendo cumpridos em diversos bairros do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da operação Calígula, que aconteceu em maio de 2022, e resultou na prisão da delegada Adriana Belém e do delegado Marcos Cipriano.

A operação também conta com o apoio da DC-Polinter.  Segundo a Polícia Militar, será instaurado um procedimento interno para apurar os fatos e a corporação contribuirá com as investigações do Ministério Público.

"Em operações de combate a contravenções penais nos últimos três anos, a PM já apreendeu 6.300 máquinas de caça níquel, 2.763 presos e cerca de 800 mil reais apreendidos", disse em nota.

Procurada, a Seap informou que o policial penal preso estava inativo desde 2016 e que a corregedoria da pasta está acompanhando o caso e contribuirá com as investigações do Ministério Público.

Os alvos da operação também são acusados de simular ações para forjar o combate à máfia de jogos ilegais com o objetivo de atrapalhar o andamento das investigações, assim como o monitoramento.