Caso Marielle: mais três presos

Irmãos Brazão e ex-chefe da Polícia Civil são acusados de organizarem o assassinato

Três acusados de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foram presos, na manhã de ontem, em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal, foram presos acusados de serem os mandantes do crime na ação Murder Inc. 

Já Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, assumiu a função um dia antes do crime, e foi preso acusado de tentar obstruir as investigações. Antes disso, ele era coordenador da Divisão de Homicídios da capital.

Em novembro de 2019, a Polícia Federal afirmou em relatório reservado ao MP-RJ que o delegado Rivaldo Barbosa deveria ser investigado por suspeita de ter recebido propina de R$ 400 mil para evitar que fossem conhecidos os reais mandantes dos assassinatos.

Ontem, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio.

Nas redes sociais, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e irmã de Marielle, falou sobre as prisões e cobrou respostas das autoridades. "Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Estamos mais perto da Justiça! Grande dia!".