A Corregedoria Geral (CGU) da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro abriu um processo, ontem, para apurar a conduta dos delegados Rivaldo Barbosa, apontado como mentor do assassinato de Marielle Franco e Giniton Lages, além do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, investigados por obstrução do caso. Em nota, a pasta informou que vai requisitar o inquérito da Polícia Federal que acusa o envolvimento dos servidores da Polícia Civil. O desembargador Antônio José Ferreira Carvalho será o responsável pela apuração. A sanção máxima é a demissão.
Os três tiveram as funções e o porte e posse de armas suspensos por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Rivaldo assumiu a chefia da Polícia Civil em 2018. A área de inteligência havia contraindicado o nome. Mas, segundo informações dos investigadores da PF, o general Braga Netto manteve posicionamento garantindo que ele assumisse.
O delegado Giniton Lages foi titular da DH e responsável pelas prisões de Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz. Ele teve os bens e ativos financeiros bloqueados e terá que cumprir medidas cautelares.
O comissário Marco Antônio de Barros Pinto foi implicado em atuar juntamente com Giniton Lages para obstruir as investigações dos homicídios, protegendo os mandantes.