Para Maxwell, o papel pardo é um material ordinário, que faz envelopes e sacos de padaria, e que, ao mesmo tempo, carrega uma conotação racista no Brasil, ao ser frequentemente usado para amenizar ou ocultar a negritude. Além disso, a arte realizada em papel pardo dá um aspecto frágil às obras e contrasta com pinturas clássicas europeias, em tecido.
Em 2019, Maxwell deu início à itinerância da exposição 'Pardo é Papel' no Museu de Arte Contemporânea de Lyon e no Museu de Arte do Rio (MAR). No ano passado, expandiu seu trabalho no exterior, com duas exposições inéditas em Paris e Madri. Em fevereiro, ele ocupou o pilotis do MAR com mais uma edição do seu projeto 'Descoloração Global', oferecendo ao público a chance de platinar os cabelos de graça.