Ludmilla é denunciada ao Ministério Público por preconceito religioso

Deputado Átila Nunes (MDB) e o filho, o vereador Átila Alexandre Nunes (PSD) foram os autores da queixa

Frase exibida durante a apresentação da Ludmilla em show nos Estados Unidos
Frase exibida durante a apresentação da Ludmilla em show nos Estados Unidos -
Rio - A cantora Ludmilla foi denunciada ao Ministério Público do Rio por vilipêndio religioso pelo deputado estadual Átila Nunes (MDB) e o filho, o vereador Átila Alexandre Nunes (PSD). No documento apresentado, os parlamentares citam o vídeo exibido pela cantora durante um show nos EUA que diz: "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas".
De acordo com o deputado, o conteúdo incita o preconceito contra as religiões de matrizes africana. "Tranca Rua é uma grande entidade, que não atua para desviar, desagregar ou induzir qualquer ser humano ao erro, muito pelo contrário, são leais ao processo de aprendizado e evolução da humanidade em todos os sentidos", escreveu o deputado no documento.
 
Além da denúncia ao MPRJ, Átila Nunes também prestou queixa contra a artista na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). O deputado pede que o vídeo seja retirado de forma imediata de todas as redes sociais sob pena de multa diária em valor a ser arbitrado pelo Juízo competente. 
Nunes ainda requer uma indenização pecuniária a título de danos morais no valor de R$ 100 mil, que deverão ser repassados à Prefeitura do Rio para fins de realização de projeto social de prevenção ao preconceito religioso e fomento do respeito ao ensino religioso de matriz africana.
A cantora tentou se defender nas redes sociais e recebeu uma enxurrada de críticas dos internautas.
"No vídeo, tem tráfico de animais, gente sendo presa, gente entrando no ônibus pela janela... Eu apoio tudo isso? É um vídeo sobre tudo que eu apoio? Ou é só retrato da realidade? O vídeo era para ser uma denúncia, uma reclamação, e olha o que se tornou. Isso tudo para tentar apagar tudo que eu fiz nessas duas semanas? Isso tudo é para tentar pagar a história", questionou a cantora.