A acusação é subscrita pela promotora Monique Ratton, que defendeu a prisão preventiva do empresário para evitar que ele influencie testemunhas. A Promotoria diz que o acusado já adotou tal conduta durante as investigações. Os crimes imputados a Sastre têm penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão.
Segundo a denúncia, Sastre ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir e "optou por assumir o risco" de um eventual acidente, considerando que a namorada e um casal de amigos tentaram dissuadi-lo de pegar o carro. A acusação aponta que o empresário dirigia a 150 km/h na avenida da zona leste de São Paulo.
O acidente levou à morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ele dirigia a Sandero que foi atingida pela Porsche de Sastre. O amigo de Fernando, que estava no banco de carona, ficou dez dias na UTI, com perda de órgão, indicou ainda a Promotoria.
O Ministério Público de São Paulo também pediu à Justiça o compartilhamento das provas com a Promotoria da Justiça Militar para que apure eventuais crimes supostamente cometidos pelos policiais militares que autorizaram que Sastre deixasse o local do crime na noite da colisão.
O inquérito sobre o acidente foi concluído pela Polícia Civil na semana passada, com um terceiro pedido de prisão do empresário. Ao longo das investigações, os agentes pediram outras duas vezes a detenção do empresário acusado, mas as solicitações foram negadas pela Justiça.
A reportagem busca contato com os advogados do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. O espaço está aberto para manifestações.