Amor de mãe não tem fronteiras

Austrália, Portugal e Maceió ficam a um pulo do Rio com videochamadas cheias de afeto

Jéssica Alves mora em Portugal e não encontra a mãe, Rosani Alves, desde 2019
Jéssica Alves mora em Portugal e não encontra a mãe, Rosani Alves, desde 2019 -

O Dia das Mães é comemorado no Brasil hoje, uma data lembrada pela troca de afetos e a oportunidade de colecionar recordações entre mães e filhos. Almoços, jantares, presentes, surpresas... são muitas as maneiras de homenagear as matriarcas. Quando a distância impede de estarem reunidos, mães e filhos encontram formas de ressignificar a data e redescobrir diferentes momentos de amor.

Apesar da saudade da filha Lara Chaves, 35, que está em um período de estudos e trabalhos na Austrália, Inês Chaves, 67, se desdobra para tornar a data alegre, reunindo cunhadas, irmãos e sobrinhos para suprir a falta deixada pela jovem: "Família é a resistência da gente. Então, fazemos ligação de vídeo, mostro a família agregada na farra, a gente ri. É com isso que Lara se preocupa, de eu estar triste por ela estar longe. Eu não tenho tristeza, eu tenho é saudade, que bate independentemente de data. O vazio existe, mas eu sei que em pensamento Lara está comigo", afirma.

A estudante de inglês retorna a Niterói, sua cidade, em dezembro e, então, a família Chaves voltará a estar completa nos segundos domingos de maio e em todas as outras celebrações.

Se o abraço apertado entre Lara e Inês tem data marcada, o de Jéssica Alves, 33, e sua mãe, Rosani, ainda não tem previsão de acontecer. Morando no Porto (Portugal), há cinco anos, onde trabalha com marketing de produto, enquanto sua mãe permanece em Araruama, Região dos Lagos, Jéssica recorre a extensas ligações de vídeos de forma a minimizar a distância. Mãe e filha não se veem pessoalmente desde 2019.

"Todos os encontros ficam por facetime. No último fim de semana, foi o Dia da Mãe aqui em Portugal. É quando nos ligamos por mais tempo. Confesso que essas datas nunca me pegaram muito, mas desde que vim morar no Porto, a chave mudou. Eu sou filha única e minha mãe tem traumas com a mãe dela, então o Dia das Mães, especificamente, acaba sendo bem marcante e doloroso", relata Jéssica.