Família de gari morta questiona: 'de que adianta papel?'

Luciene da Silva Queiroz Barreto foi enterrada, ontem, em Belford Roxo. Vítima tinha medidas protetivas, mas que não impediram ex-companheiro de matá-la a facadas

Foi sepultado ontem o corpo de Luciene da Silva Queiroz Barreto, de 39 anos, assassinada a facadas pelo ex-companheiro em plena luz do dia, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A cerimônia, realizada no cemitério municipal da mesma região contou com amigos e familiares, que estavam expressaram a indignação com mais um crime de feminicídio bárbaro.

A irmã da vítima, Patrícia da Silva Queiroz, de 35 anos, lembrou que Lucilene tinha ordens restritivas contra o ex-companheiro, mas de pouco adiantou para evitar sua morte.

"Achei que era mentira quando disseram. Vi o vídeo, mas ainda esperava que ela pudesse estar viva. Só acreditei mesmo quando cheguei no hospital. Nós estamos destruídos. Queremos que a lei seja cumprida. Como que ela tinha três medidas protetivas e isso ainda aconteceu. O que adianta estar no papel, se nós não somos protegidas?", questionou.

Segundo Patrícia, o relacionamento de Luciene com Eduardo havia começado em 2016. Os dois se casaram só no início deste ano, mas terminaram em seguida. O fim veio com uma série de ameaças feitas pelo acusado, que era usuário de drogas. Patrícia conta que Eduardo não aceitava o fim da relação e dizia que a ex não ficaria com mais ninguém.

O homem segue preso desde o dia do crime e passará por audiência de custódia.